domingo, 27 de junho de 2010

"Juro por Deus que, se eu fosse um pianista, ou um autor, ou coisa que o valha, e todos aqueles bobalhões me achassem fabuloso, ia ter raiva de viver. Não ia querer nem que me aplaudissem. As pessoas sempre batem palmas pelas coisas erradas. Se eu fosse pianista, ia tocar dentro de um armário." O Apanhador no Campo de Centeio - Jerome David Salinger




É quando você abre os olhos ao acordar e não vê nada por causa da pouca iluminação do seu quarto, não sabe como está o tempo lá fora, mas independente disso, seu único desejo é de ficar na cama o dia inteiro, torcendo pra que nada te faça levantar dela, entrar de baixo do cobertor e se esconder do mundo lá fora que vive insistindo em te puxar pro meio das pessoas de sempre, as que você gosta, as que você finge gostar, as que você finge não se importar nem um pouco, as pessoas que você não tem a mínima vontade de conhecer, de cumprimentar, ou mesmo de olhar na cara, não por ódio, por indiferença, por realmente não ter interesse nenhum.
Fica pensando em como seriam os discursos sábios dos que acham que sabem alguma coisa da vida, do mundo, do amor, sabem porra nenhuma. Dias assim te dão prazer de pensar em trancar-se na sua casa e ficar à vontade, esperando tranquilamente esses sentimentos passarem e tomar lugar a saudade dos tempos antigos, lembranças felizes com pessoas importantes, memórias que parecem ser de outra vida de tanto tempo que se passou, mesmo tendo sido há poucos meses, a vida muda tanto que se fazem parecer décadas. Dias assim também servem como momentos bem reflexivos que te ajudam a pensar sobre a sua realidade e pensar sobre tudo o que você tem e em tudo o que você faz, serve para te ajudar a dar um valor a tudo que você não lembra na maioria do tempo, mas sabe que tem uma importância no mínimo relevante, e sabe também que pode vir a acabar um dia.

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